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Bullying e Prevenção

Na era das sociedades cibernéticas, um novo tipo de conflito está surgindo. As sociedades modernas, hiperconectadas pelas novas tecnologias, estão mudando a maneira como as pessoas interagem em suas vidas cotidianas. Essas formas de abordagem social evocam novos conflitos e fenômenos como o bullying ou mobbing. O desenvolvimento histórico dos termos mobbing e bullying teve […]


Em 14 de novembro de 2018

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Na era das sociedades cibernéticas, um novo tipo de conflito está surgindo.

As sociedades modernas, hiperconectadas pelas novas tecnologias, estão mudando a maneira como as pessoas interagem em suas vidas cotidianas. Essas formas de abordagem social evocam novos conflitos e fenômenos como o bullying ou mobbing.

O desenvolvimento histórico dos termos mobbing e bullying teve origem nos anos setenta. O termo mobbing é mencionado pela primeira vez nos estudos de Heinemann. O termo bullying é entendido como comunicação conflituosa no local de trabalho entre colegas ou entre superiores e subordinados.

Uma extensão do termo é usada pelo psicólogo sueco Dan Olweus, complementando-o pela primeira vez com o componente de comportamento de crianças em grupo, de que os alunos são submetidos à violência quando expostas repetidas vezes durante um longo período de tempo a ações negativas de um ou mais alunos.

Hoje, o bullying não se dá mais apenas por violência física de alunos contra alunos, mas também por agressão verbal ou não-verbal, como xingamentos, insultos ou exclusão do grupo. O bully (aquele que realiza Bullying) pretende infligir danos à sua vítima, que podem ser materiais, físicos ou psicológicos. Além disso, o bully quer ganhar prestígio e reconhecimento de outros alunos e demonstrar seu poder sobre os outros. Devido ao desequilíbrio de poder, a vítima de bullying é incapaz de se livrar da situação.

Na atual era da digitalização e do crescente uso dos meios de comunicação modernos, outra forma de bullying está surgindo: o chamado cyberbullying que usa novas mídias para insultar as vítimas. O cyberbullying atormenta as vítimas de uma maneira especial, pois elas são acessíveis de qualquer lugar para todos os autores; ao mesmo tempo, estes podem permanecer anônimos. Assim, o ambiente doméstico não oferece às vítimas nenhuma proteção contra os ataques.

 
Como sensibilizamos os alunos do Colégio Suíço-Brasileiro de Curitiba e que medidas estamos tomando para evitar o bullying em nossa cultura escolar?
Para o processo da sensibilização, é relevante o estabelecimento de gestão de conflitos e uma ação em conjunto. O Colégio Suíço-Brasileiro de Curitiba estabelece a prevenção em diferentes níveis:

Em primeiro lugar, em sala de aula, ou seja, são definidas regras claras, realizadas atividades em conjunto e implementado o Klassenrat (Conselho da Turma). Essas medidas consolidam a aliança da turma, criam confiança e fortalecem o sentimento de pertencimento.
No Colégio, são tomadas ações claras em caso de violação de regras e são discutidas as regras de comportamento. O tema é esclarecido e tematizado durante duas diferentes palestras para os professores. Já existe o conceito para a prevenção.
Com relação aos pais, um grupo de pais engajados e nomeados criou o projeto Cultura para a Paz no Colégio Suíço-Brasileiro. Eles organizaram projeto de mediação e estabeleceram um conceito.

Durante este ano letivo, o grupo de projeto Cultura para a Paz realizou com sucesso um workshop sobre cyberbullying em todas as salas de aula e criou uma caixa de aflições para que os alunos possam se manifestar.
Além disso, o grupo pretende treinar um grupo de alunos para que se tornem pacificadores e mediadores de conflitos. Esses alunos devem evitar os abusos no pátio ou nas aulas com antecedência. Os mediadores aprendem técnicas de diálogo e competências sociais para uma resolução construtiva de conflitos.

O projeto de mediação e todas as medidas preventivas têm um efeito positivo comprovado em todo o clima escolar e na nossa cultura escolar.

 

 

 
Fontes:
Olweus Dan: Gewalt in der Schule – Was Lehrer und Eltern wissen sollten – und tun können, Huber Hans, 2006.
Alsaker, F. (2004): Quälgeister und ihre Opfer. Mobbing unter Kindern und wie man damit umgeht. Bern, Göttingen, Toronto, Seattle
Halbright Ron: Praktische Gewaltprävention mit jungen Menschen – Gewalt – Eskalation und Konflikte schlichten, NCBI, 2001